As autoridades chilenas anunciaram nessa quarta-feira (17) uma série de medidas para restringir ainda mais a movimentação na capital Santiago e fortalecer as quarentenas em vigor no país, em meio a um aumento de infecções pelo novo coronavírus.
O Chile registrou até o momento 220.628 infecções e 3.615 mortes devido à pandemia, informaram autoridades do Ministério da Saúde ao divulgar os números diários sobre o avanço da covid-19 no país.
"Foi tomada a decisão de restringir as permissões o máximo possível. Ou seja, as pessoas só poderão sair duas vezes por semana para procedimentos essenciais e excepcionais", disse a subsecretária do Interior, Katherine Martorell. "Se mais medidas forem necessárias, isso será feito", acrescentou. Até agora, as pessoas tinham cinco permissões semanais para sair.
Katherine disse que a emissão de autorizações para trabalhadores também será monitorada mais de perto, uma vez que existem "muitas reclamações" de que empresas que não atuam em áreas essenciais estão usando essas autorizações para seus funcionários.
As autoridades descartaram por enquanto que a capital, onde a grande maioria das infecções está concentrada, seja submetida a uma "hibernação", como sugeriu um centro de estudos, porque isso afetaria o acesso das pessoas a suprimentos e serviços essenciais.
Cerca de metade da população chilena, de mais de 18 milhões de habitantes, está em quarentena como medida contra o avanço dos casos, que foram inicialmente registrados no Chile nos primeiros dias de março.