Laudo solicitado pela marca mineira Itambé no lote do Itambezinho (200ml) fabricado em 25 de maio deste ano, com validade até 21 de novembro de 2016, descartou contaminação na bebida láctea. Na última semana, a vigilância sanitária mandou interditar o produto após a morte de uma criança de 2 anos momentos após ingerir o achocolatado. À polícia, a mãe da vítima relatou que ela e tio do menino também teriam passado mal. O caso aconteceu em Cuiabá, no Mato Grosso.
Conforme a empresa, análises laboratoriais internas não identificaram nenhum problema na composição do Itambezinho. “Em paralelo, outras análises estão sendo feitas em laboratórios externos e no LANAGRO – Laboratório Nacional Agropecuário – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujos laudos serão disponibilizados no decorrer desta semana”, informou por meio de nota.
Além disso, a Itambé informou que não procedem os rumores que circulam nas redes sociais de que outras pessoas teriam tido efeitos colaterais após a ingestão da bebida. E frisou que “o achocolatado Itambezinho está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato”.
A polícia do Mato Grosso, contudo, ainda aguarda os laudos oficiais realizados nas cinco caixas do Itambezinho e nas amostras colhidas no estômago da criança, durante a necropsia, que irá apontar a causa do óbito. As análises devem ser divulgadas nos próximos dias. Enquanto isso, o delegado responsável pelo caso está ouvindo familiares.
Até a conclusão da perícia, a vigilância sanitária mantém a interdição do lote do produto. A Secretaria de Estado de Saúde ressaltou que a retirada de circulação do produto é um procedimento normal em casos de suspeita de contaminação ou desvio de qualidade.
‘Presente’
Segundo a Polícia Civil do Mato Grosso, a mãe da criança relatou que o filho estava há dois dias resfriado, mas não apresentava febre. Na última quinta-feira, data da morte, o menino pediu comida e a mãe deu uma caixinha do achocolatado.
Segundo a mulher, de 28 anos, logo após ingerir a bebida, o menino teria apresentado falta de ar e ficado com o “corpo mole e com princípio de desmaio”. A criança foi levada até uma policlínica.
Na unidade de saúde, os médicos tentaram reanimar o menino por aproximadamente uma hora, mas ele não resistiu. A mãe e o tio também teriam bebido o Itambezinho e sentiram-se mal.
Ainda de acordo com a corporação, a mãe disse que a bebida foi dada para a família por um vizinho, que não foi localizado pelos policiais. Nenhuma linha de investigação foi descartada.