O setor de serviços da capital paulista registrou alta de 20,9% no faturamento, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2020. O aumento corresponde a um faturamento de R$ 43,6 bilhões superior ao período anterior. Os resultados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços na Cidade de São Paulo (PCSS), realizada pela FecomercioSP.
O faturamento do primeiro semestre de 2021 totalizou R$ 252 bilhões. Segundo a entidade, os resultados demonstraram recuperação da maioria das atividades do setor, exceto em educação e turismo.
“Destacaram-se, em relação a 2020, os setores de agenciamento, corretagem e intermediação (26%); jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (22,1%); metodologia e comunicação (46,2%); representação (22,3%); saúde (25,8%); Simples Nacional (24,4%); e técnico-científico (35,6%). Na contramão, ficou educação, com resultado negativo de 1,1%”, divulgou a FecomercioSP. Turismo teve queda de 39,1% no faturamento do período.
O levantamento fez uma projeção de alta para o setor, no segundo semestre do ano, de 16,9% em relação ao ano passado, baseando-se nas condições socioeconômicas atuais. Se a projeção se concretizar, isso representará um faturamento de cerca de R$ 297 bilhões.
Apesar da avaliação de que a recuperação entre os setores será acompanhada pelos ritmos da vacinação, da flexibilidade das atividades e da capacidade de reação da economia, a entidade afirma que o momento ainda é de incertezas.
“Historicamente, o segundo semestre costuma apontar resultados melhores que o primeiro, no entanto, a conjuntura atual ainda é de incertezas, com surgimento de novas variantes, inflação elevada – com efeitos na renda e na inadimplência – e, principalmente, com o risco de racionamento de energia, que já afeta os custos e as despesas das empresas, além de reduzir o poder de compra dos consumidores”, ponderou a FecomercioSP.
O turismo é uma das atividades mais afetadas pelas incertezas relacionadas à pandemia, conforme aponta a entidade. No primeiro semestre, o segmento de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados teve resultados negativos de 39,1%, em relação ao ano passado, e de 67,3%, na comparação com 2019.